sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Slide

http://www.slide.com/r/rM04f7I4zz8JzedtTP_DMYPCFCLf49Al?previous_view=lt_embedded_url

Todos somos inteligentes como ponto de partida

Segundo a Revista Veja nº 2171 de 30 de junho de 2010, um grupo de especialistas acaba de formular um conjunto de propostas bem práticas para melhorar o ensino no Brasil. O objetivo do documento, que será entregue aos candidatos à presidência, é tornar o debate menos ideológico e mais racional. São sete propostas que enfocam a gestão das verbas destinadas para a educação, elaboração de um currículo nacional unificado, flexibilização do ensino médio, autonomia aos diretores, formação prática aos professores, prêmio aos bons professores e ampliação da jornada escolar.


É preciso dizer que todas elas são necessárias. E se todas elas juntas, sincronicamente, fossem postas em prática, certamente se elevariam os índices globais de aprendizagem nas escolas. Só que, em educação, mais do que a média, importa é a totalidade, é o direito sagrado de cada um ter acesso às riquezas dos conhecimentos. E para isso, é imprescindível um passo corajoso: rever as bases teóricas sobre as quais se apoia a prática docente.

Rever as bases teóricas implica em mudar a prática, mexer no dia-a-dia escolar, em sua rotina e em sua estética.

Um dos aspectos de uma nova base teórica para o ensino é de que aprender é construir conhecimentos na interlocução com os outros e com seus sistemas de valores, isto é, com uma cultura. O foco da preocupação docente muda do produto (conhecimentos adquiridos) para o processo da sua aquisição.

E mais, fundamentalmente, esta mudança só será efetiva se ela concretizar a confiança de que a construção dos conhecimentos é possível para todos, de que todos somos inteligentes. Não como consequência, mas como princípio democrático, como ponto de partida de um ensino justo e igualitário.

Elevar índices é apenas uma exigência menor para a educação, ensinar a todos é o único e válido objetivo face ao alunado que diariamente aguarda a ação dos professores.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Existem três métodos para alfabetizar

Método Sintético: Parte do estudo de elementos menores
que a palavra.

Método Analítico: Parte do estudo da palavra e de
elementos mais significativos. Do conto, frases, palavras, sílabas
e letras. Parte do todo para as partes.
Método Misto þ É formado por elementos dos métodos
Analítico e Sintético.
Método Sintético

Processo Alfabético: Consiste em decorar todo o alfabeto,
reconhecer, cada letra isoladamente, reunir as sílabas para
formar e ler palavras. Aprendem o alfabeto depois as sílabas,
palavras, frases e textos.

Processo Fônico: Parte dos sons das letras e não do seu nome. Aprende-se o som da letra, sua representação gráfica, depois a sílaba, a palavra, a frase e o conto

Processo silábico: Representa a fase mais avançada do
método sintético. Parte das sílabas, que constituem unidades
sonoras. Começa pelas vogais depois vai para sílabas e famílias
das sílabas ( das sílabas mais fáceis para as mais difíceis).
Método Analítico

Processo de Palavração: Parte da escolha de uma palavra com sílabas simples, que é memorizada pelas crianças e depois partida em sílabas.

Aos educadores

O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.

O primeiro deles é corrigir o educando publicamente.

Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros.

Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

O segundo é expressar autoridade com agressividade.

Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades.

Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança.

Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações.

A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações.

Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo.

Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

Quinto: ser impaciente e desistir de educar.

É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.

Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

O sexto, é não cumprir com a palavra.

As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer.

A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

Sétimo: destruir a esperança e os sonhos.

A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens.

Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar.

O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.

* * *

Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.

Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.

Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.

Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro. O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir.

Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador. Eduque. Construa um mundo melhor. Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.





Autor:
Redação do Momento Espírita, com base no livro Pais brilhantes, professores fascinantes, de Augusto Cury, ed. Sextante.

O significado do aprender a ler e a escrever

Ao permitir que as pessoas cultivem os hábitos de leitura e escrita e respondam aos apelos da cultura grafocêntrica, podendo inserir-se criticamente na sociedade, a aprendizagem da língua escrita deixa de ser uma questão estritamente pedagógica para alçar-se à esfera política, evidentemente pelo que representa o investimento na formação humana. Nas palavras de Emilia Ferreiro,

A escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não o contrário. (2001)

Retomando a tese defendida por Paulo Freire, os estudos sobre o letramento reconfiguraram a conotação política de uma conquista – a alfabetização - que não necessariamente se coloca a serviço da libertação humana. Muito pelo contrário, a história do ensino no Brasil, a despeito de eventuais boas intenções e das “ilhas de excelência”, tem deixado rastros de um índice sempre inaceitável de analfabetismo agravado pelo quadro nacional de baixo letramento.